Moradores de Diadema enfrentam problemas com o acúmulo de lixo e entulho nas ruas
- Ariel Serafim

- 2 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de abr. de 2020
Insatisfação dos moradores do bairro Serraria, em Diadema cresce com a escassez da coleta de lixo.
Ariel Serafim

Lixo e entulho ficam expostos nas calçadas da avenida dos Signos | Foto: Ariel Serafim
Tanto moradores como até mesmo quem está de passagem pelas ruas de Diadema, mais especificamente no bairro de Serraria, nota a grande quantidade de lixo e entulho que são abandonados nas calçadas da avenida dos Signos.
Francelir Agostinho Gomes, 56 anos, costureira autônoma, diz que a coleta de lixo (coletores de lixo da prefeitura) passa três vezes por semana, porém, não é recolhido todo o lixo que fica presente nas calçadas atrapalhando a passagem dos pedestres. “Eles costumam passar de segunda, quinta e sábado. Mas entra mês e sai mês e o lixo só acumulando a calçada’’, diz ela.
Francelir acrescenta que quando forma um acúmulo excessivo de lixo nas calçadas a vizinhança ateia fogo, “O grande problema é que a fumaça espanta ratos e outros bichos e o calor das chamas estraga os fios dos postes’’, comenta ela.

Muro na avenida Dos Signos após a queima dos lixos | Foto: Ariel Serafim
O Departamento de Limpeza Urbana (DLU) de Diadema apresenta dados de que 31.788 toneladas de lixo e entulho foram recolhidos dos 11 distritos da cidade, entre o segundo semestre de 2018 e o primeiro de 2019.
Katia Mangerotti Costa, 43 anos é Vigilante e conta que mora no bairro há mais de 20 anos, afirma que os moradores do local correm constante perigo ao circular pelas ruas por falta de espaço nas calçadas. “Atrapalha a passagem de carros, ônibus e de quem passa pelas calçadas, que é onde a gente deveria andar. Mas por conta do lixo transitamos no meio das ruas mesmo’’, explica. “Corremos o risco de ser atropelados a todo instante e a prefeitura não toma nenhuma posição’’, conta.
O professor Arlindo Philippi Junior possui Mestrado em Saúde Ambiental e Doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Ele explica que um dos exemplos mais atuais são os problemas ambientais que a capital de São Paulo continua enfrentando nas épocas mais chuvosas do ano, por conta do acúmulo de lixo e entulho, que por sua vez podem acabar entupindo bocas de lobos e galerias de esgotos.
“Essas entre outras problemáticas são consideradas questões de saúde pública e ambiental, que além do desconforto traz uma desestruturação principalmente quando se fala a respeito de doenças que aquele lixo pode trazer a população’’, conta. “Temos ocorrências de muitos casos de leptospirose por conta da falta de saneamento e daí podemos levar em conta o acúmulo de lixo que traz esse dano à saúde da população local’’, explica Arlindo.
Durante o período de apuração, foi solicitado o contato com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Diadema através do e-mail meioambiente@diadema.sp.gov.br, porém, até o momento o órgão não se posicionou a respeito da coleta de lixo e entulho em zonas viciadas.



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